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A História do Buquê de Noiva


A tradição do buquê de noiva tem raízes muito antigas, mas na Idade Média, seu uso adquiriu propósitos bastante peculiares e, por vezes, surpreendentes!


Origens e Funções na Idade Média

Enquanto as primeiras menções ao uso de ramos em casamentos remetem à Grécia Antiga e ao Egito, onde eram usados para afastar maus espíritos, atrair fertilidade e simbolizar amor e união, na Idade Média o buquê ganhou uma função mais prática e, curiosamente, ligada à higiene pessoal.


Na Europa medieval, os hábitos de higiene eram bem diferentes dos de hoje. As pessoas tomavam poucos banhos, às vezes apenas um ou dois por ano, sendo um deles frequentemente em maio. Como muitos casamentos aconteciam em junho (o "mês das noivas" original, devido ao clima mais quente e à abundância de flores), as noivas passaram a carregar buquês com ervas e flores de aromas fortes. O objetivo principal era mascarar odores corporais tanto da noiva quanto dos convidados, já que o banho mais recente poderia ter sido há algum tempo.

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Além disso, a crença em poderes místicos de ervas e flores ainda era muito forte. Os buquês podiam conter:

  • Ervas aromáticas e temperos: para afastar maus fluidos, espíritos malignos e até para servir como um "amuleto" de proteção.

  • Alho: sim, o alho era incluído para afastar o mau-olhado e outras mulheres interessadas no noivo!

  • Ramos de cereais: como trigo, para simbolizar a fertilidade e desejar que a união gerasse "bons frutos" ao casal.


Como eram usados?

Os buquês medievais não eram apenas um adorno estético como os de hoje. Eles eram carregados pela noiva, muitas vezes de forma a ficarem próximos ao corpo, para cumprir sua função de "perfume" improvisado. Em algumas regiões, acreditava-se que as noivas recebiam flores das pessoas nas ruas enquanto caminhavam até a igreja, formando o buquê ao longo do trajeto, como um símbolo de boa sorte.


Evolução da Tradição

Com o passar do tempo e o desenvolvimento dos hábitos de higiene, a função prática de "mascarar odores" diminuiu, e as flores mais sofisticadas e estéticas começaram a predominar. No século XIV, na França, surgiu o costume de jogar o buquê. Antes, as convidadas solteiras tentavam arrancar pedaços do vestido da noiva para atrair sorte no amor. Para evitar que os vestidos fossem danificados, a noiva começou a jogar o buquê, transferindo para ele a função de amuleto da sorte para a próxima a se casar.


Hoje, o buquê de noiva é um item essencial, simbolizando amor, felicidade, esperança e a beleza da noiva, além de ser um elemento central na divertida tradição do arremesso para as solteiras.



É fascinante como uma tradição tão arraigada pode ter tido usos tão diversos e surpreendentes ao longo da história, não é mesmo?

 
 
 

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